terça-feira, 19 de agosto de 2008

Filminho francês...

"Conversas com meu jardineiro" é um filme lindo com aquela sutileza típica francesa. Com Daniel Auteuil e Jean-Pierre Darroussin (Dupincel e Dujardim como se tratam no filme)dão um show de atuação. Um filme sobre a simplicidade... Amei!!!

domingo, 17 de agosto de 2008

Música para o coração

O som bem alto. Bem alto. Será que você escuta daí? É uma música bonita, com aquele som de cordas de violão havaianos. Você sabe que eu gosto desse tipo de toque nas cordas do violão, não sabe? É um ritmo alegre, daqueles que dá vontade de dançar. Daqueles que quando a gente escuta já lembra dos sorrisos, da roda de amigos descalça na beira da praia, da fogueira queimando, aquecendo o vento e os corações, levando uma brisa de alegria para quem quiser ou aceitar. O som bem alto, mais alto que puder, tentando te alcançar.

Uma dessas noites boas

Respiro o azul escuro da noite. Sinto a briza calma, gelada e sedutora. Atrás do prédio branco mostra-se a luz de uma lua cheia de si. Dentro e fora misturam-se. Uma felicidade íntima e resguardada. Seguro. E a sensação de quietude no coração é tão estranha que quase tento questionar a lua. Ei lua! Porque estar tão charmosa assim logo hoje? Será um dia especial? Sem resposta apenas contemplo a noite calma.

Bate-papo

Era uma vez um dia bonito. Uma dia em que ninguém, nem nada, iria ocupar o seu lugar.
Era uma vez um sorriso discreto. Sem pretensão de ocupar espaço, apenas querendo ser feliz.
Era uma vez um abraço apertado. Daqueles que se entrega com vontade de amasso carinhoso.
Era uma vez um canto da manhã. Daqueles que acorda com vontade de sorriso, dia bonito e abraço apertado.
Era uma vez uma história contida em linhas pequenas. Curtas. Conversando com você.

Passos Largos

Existe um espaço entre nós,
E de tanto tentar fechá-lo meus braços cansam,
E de tanto tentar achá-lo meus olhos tremem,
Tento reduzir a linha,
Tento encontrar conforto,
Tento ultrapassar o medo que acomoda meus atos,
E a teoria criada para manter os passos longos,
Largos,
As ruas desertas,
A luz apagada,
O encontro vazio,

Existe uma cidade inteira,
Criada apenas para manter minha mente distante,
E meu pensamento desocupado de você,
E quanto mais eu insisto em conhecê-la,
Esqueço seu sorriso, sua voz e sua história,
Desconheço os caminhos criados,
Me apego a contos mal-acabados,
Sem começo,
Nem fim.

A música aleatória do momento - ipod moment - Djavan

"Naquele instante
Em que o dia cai
e o sol finge brilhar
pra noite
Tudo é tão raro
Quanto é inviavel ter
que se achar na vida
Amando só"

sábado, 19 de julho de 2008

Tem coisas que a gente lê que precisa dividir... Não aceite menos do que isso.

"Você está pra fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinqüenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpo contra o meu é capaz de preencher.
Eu só preciso lhe dizer de novo essas coisas simples antes de abordar questões que, não faz muito tempo, têm me atormentado. Por que você está tão pouco presente no que escrevi, se a nossa união é o que existe de mais importante na minha vida? Por que, em Le Traitre, passei uma imagem de você, que a desfigura? Esse livro deveria mostrar que minha relação com você foi a reviravolta decisiva que me permitiu desejar viver. Por que, então, deixar de fora essa maravilhosa história de amor que nós tinhamos começado a viver sete anos antes? Por que eu não disse o que me fascinou em você? Por que eu a apresentei como uma coitadinha, "que não conhecia ninguém, que não falava uma palavra de francês e que sem mim teria se destruído", se você tinha o seu circulo de amigos, fazia parte de um grupo de teatro de Lausanne e era esperada na Inglaterra por um homem determinado a se casar com você?
Na verdade, não explorei em profundidade aquilo a que me propunha ao escrever Le Traitre. Para mim, ainda restam questões a serem compreendidas e esclarecidas. Preciso reconstituir a história do nosso amos para aprender todo o seu significado. Ela foi o que me permitiu que nos tornássemos o que somos; um pelo outro, um para o outro. Eu lhe escrevo para entender o que vivi, o que vivemos juntos."

A história você encontra em:

Carta a D.
História de um amor

Um livrinho muito, mas muito simpático de André Gorz

sábado, 5 de julho de 2008

Song For Someone - The Frames

Dryin' up in conversation, still
My head was halfway round the world
And workin' through the sleepin' hours
Driven by the promise of a quick return
And I wonder if she'll be the very same
And I wonder if she's gonna break the waves
Again...

Tryin' just to focus on the good
I'm tired of divin' for the pearls
And every dawn is another morning less
I have to wait to wake beside that girl
And I hope she's gonna be the very same
And I hope she can survive this way again

And if we're all for someone
And if we're born for someone
When will they come, that someone?
And put things in their place?

Comin' back to see you girl,
You know there's nothing surer in this world
Remember all the mad seasons
Back when we weren't young enough to wait our turn
And I wonder will we be the very same
And I we can survive this way again

And if we're all for someone
And if we're meant for someone
When will they come, that someone?
And put things in their place?

And if we're meant for someone
To wait each day for someone
When will they come, that someone?
And put things in their place...

Queens Of The Stone Age - Go with the flow

"She said 'i'll throw myself away
They're just photos after all'
I can't make you hang around.
I can't wash you off my skin.
Outside the frame, is what we're leaving out
You won't remember anyway"

Vitrine em Londres - Notting Hill

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Uma arte

“Não é difícil aprender a arte de perder
Tantas coisas parecem feitas sobre o molde
da perda que sua perda não traz desastre.

Perca algo todos os dias. Aceite o susto
de perder chaves, de perder tempo.
Não é difícil aprender a arte de perder.

Depois pratique perder mais rápido mil outras coisas:
lugares, nomes, onde planejou suas férias.
Nenhuma perda trará desastre.

Perdi o relógio de minha mãe.
A ultima, ou a penúltima de minhas casas queridas.
Não é difícil aprender a arte de perder.

Perdi duas cidades, entes queridos.
Pior, perdi alguns reinos, dois rios, um continente.
Perdê-los trouxe saudade, mas não desastre.

- Até perder você (a voz que ri, os gestos que amo).
Não posso mentir: não é difícil.
Não é difícil aprender a arte de perder
por mais que a perda – anote isso! – pareça desastre.”

Elisabeth Bishop

segunda-feira, 19 de maio de 2008

E precisa escrever mais alguma coisa?

Seguinte...
Daqui ha uma semana o blog estará "sob o sol de toscana".

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Para cozinhar bem

"use os igredientes que tem em casa e coloque muito amor"

A receita aqui na praia hoje, dia em que qualquer padaria ou comercio foi proibido de abrir as portas, foi exatamente essa.

O pai usou um pouquinho de tudo que a gente gosta - cebola, alho, batatas, azeite de oliva e dele!

Uma delicia!!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

A mudança

Costumo achar a mudança sempre boa. Mesmo que no momento em que ela aconteça possa deixar um rastro de dúvida, medo e incertezas. Não é fácil mudar.

Acho que nos últimos tempos o que a mudança me mostrou é que é preciso encará-la de frente. Chorar se for preciso. Mas não lamentá-la. Manter a força interna (que você pode até não comentar) e a certeza de que, no final, ela irá sorrir para você.

A mudança física, espiritual e sentimental é o que, mesmo não querendo, acontecerá. Existe duas posturas diante dela - abraçá-la ou tentar recusá-la. Como, de qualquer jeito, ela estará aí do seu lado... Sugiro a primeira.

A mudança irá aparecer, irá te abraçar e em algum momento, ela irá sorrir para você. Assim.. de leve, quando menos esperar.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

;)

Desocupei um pedaço de papel
Não escrevi na folha da palmeira
Por uma folha que caí assim sequinha
É que se vive uma vida inteira

Mais uma vai...

"Não foi o que eu tirei dessa história... Ela mostra apenas como o amor de uma mulher faz com que o homem supere até seus temores pela própria morte - pelo menos por algum tempo."
Woody Allen

humm

"Noites de solidão levaram-me a pensar na estética da perfeição. Será alguma coisa, em toda a natureza, absolutamente perfeita, exceto a estupidez do meu tio hyman? Quem sou eu para exigir perfeição? Eu com minha miriade de defeitos! (Cheguei a fazer uma lista de meus defeitos, mas não consegui passar de 1. As vezes esqueço embrulhos onde quer que esteja)."
Woody Allen

terça-feira, 22 de abril de 2008

Detalhes

Tem coisa sobre a gente que não há palavra ou pessoa que possa captar. Nem a gente, às vezes, consegue entender direito. Há aquelas coisas que, de repente, um dia, simplesmente, a gente sente de uma forma diferente.

E isso deve ter a ver com o tema principal desse blog, que é a mudança de idade.
Então, ao invés de ficar falando sobre qualquer coisa, volto à esse tema (uma coisa qualquer ;) ).

Pois é, eu ando bem impressionada comigo mesma. hehe
E com essa coisa de sentir as coisas de um jeito diferente.

Eu sou apaixonada por pessoas, por comportamento, por manifestações, por mudança.. então sentir em mim a manifestação mais absoluta da mundaça.. nos meus sentidos mesmo (pra você isso deve ser pura viagem.. eu disse que não há palavra correta para captar o que to sentindo, desculpe) é incrível.

Para ser mais clara, então, vamos ao exemplo:
Hoje eu parei observando o que estava à minha volta. Não que fosse uma paisagem magnífica. Simplesmente, era o local onde eu estava. E fiquei observando o que acontecia em volta.

ok. Pra você isso é normal? Lamento, então talvez você não vá entender meu exemplo.
Pra mim, que estou sempre em velocidade máxima, muito ativa e às vezes pouco atenta, essa contemplação deliciosa e despretenciosa (não parei para analisar algo intencionalmente) é uma nova postura.
Algo de que me orgulho. Uma atenção sobre o mundo que me traz novas e fantásticas leituras.

É isso. Chega de filosofia. A mudança é espetácular.
;)

Quer chuva?

Caiu um pouco de chuva por aqui. E essa chuva que veio trouxe também um certo frescor. A chuva que molha a calçada, que leva pra longe a sujeira e deixa a alma lavada.

Sem bola de cristal

Com rimas fáceis.. esse poeminha que to chamando de
"sem bola de cristal" fala
das coisas que a gente sabe mas, às vezes,
gosta de fazer de conta que não. E tem coisas
que nem precisam de bola de cristal, né?
Tá certo, falar de amor.. de um jeito assim tão
direto e rimas assim podem ser bem bregas. hehe
Então divirta-se! Foi o que saiu.

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Eu não adivinho nada não
Nem ei de captar sua memória

Você disse que eu saberia
Se me amasse assim demais
Me disse o que eu já sabia
E se é verdade tanto faz

É que eu não to mais me importando
Com a verdade que você diz
Também não fico mais achando
Nada além do meu nariz

To olhando só pra dentro
E aqui tem espaço só pra você
Nada mais desse meu medo
Chega agora de segredo

Então eu falo do meu amor
E eu falo de simpatia
E eu falo do nosso mundo
E eu falo de alegria

E vai ter gente por aí a se queixar
E vai ter gente por aí tentando se acostumar
Tem gente que nem vai acreditar
Que eu ainda assim possa te amar

Se quiser ir embora tudo bem
Mas é que eu tinha que te falar
Não dá mais pra ficar aqui sonhando
E exagerar de amar sem de contar

Mas, meu bem, a hora da verdade
Pode ser também a hora da despedida
É, meu bem, quando a gente não faz de conta
Pode ser porque já não tem saída

quinta-feira, 17 de abril de 2008

vamos dançar?

http://br.youtube.com/watch?v=yMf7vA0tYuc

Boa!

AS RAZÕES QUE O AMOR DESCONHECE

Martha Medeiros

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Você é inteligente.

Lê livros, revistas e jornais. Gosta de filmes de Woody Allen, do Hal Hartley e do Tarantino, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido em comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.

Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor não pega no pé de ninguém e adora sexo.

Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática : eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim. Ninguém ama a outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo-lhes à porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Costuma ser despertado mais pelas flechas do Cupido que por uma ficha limpa.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário, ele adora o Planet Hemp, que você não suporta. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, mas você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca em sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, ele adora animais, ele escreve poemas. Por que você ama esse cara? Não pergunte a mim.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas a que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou murchar, você levou-a para conhecer sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de Rock e ela de MPB, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, se veste bem e é fã do Caetano. Isso são referências, só. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, está assim, ó.

Mas só o seu amor consegue ser do jeito que ele é.

domingo, 13 de abril de 2008

Preparando tudo

Bem, daqui ha um mês o blog vai ficar bem chique.
Teremos postagens de cybers cafés lá da europa.

Poís é, eu sempre digo por aqui que vivendo na França qualquer um consegue escrever coisas lindas e cheias de poesia. Então espero que minha poesia, respirando o ar europeu, melhore um tanto.

Por enquanto, ao preparar tudo, eu vou pegando dicas aqui e ali. Então quem tiver dicas pode mandar.

Nessa busca de dicas eu tenho comprado diversas revistas. Adoro!
E descobri uma revistinha bem pequena e bacana para quem deseja viajar como eu, sem gastar muito - Minha Viagem. Parece uma nova proposta, onde leitores escrevem contando sobre suas viagens e são remunerados com isso. Espero que ela sobreviva!

Do filme - "um beijo roubado"

Mais ou menos isso:
"Um dia ela preferiu o pôr-do-sol e foi embora. Bateu a porta e nunca mais voltou."

Filme lindo, atores lindos, cenas lindas. Alguma cenas demoradas, que incomodou alguns amigos, para mim foram especialmente profundas. Eu tenho gostado muito de perceber o tempo das coisas. E os tempos em silêncio desse filme me tocaram demais.

Antes de te conhecer

Não havia saudade
Nem um sentimento
Não havia esperança
Nenhum consentimento
Eu e meu coração às pressas
Brigávamos por tudo
Procurávamos demais
E enquanto procurava
Eu tentei fugir de você
Tentei fugir do tempo longe
Tentei fugir da saudade
Que me era tão estranha e dolorida
Meu amor, conviver com a saudade
Sentir a saudade, hoje, é sentir você
Vivo dentro de mim
Presente em minha memória
Hoje eu amo a saudade
Amo cada minuto ao seu lado
E agradeço por ter-me apresentado
À essa boa amiga, companheira
Que comigo espera sua volta
Ansiosa

terça-feira, 8 de abril de 2008

Música linda de Bob Dylan

"Love and learn
Take your turn
Somewhere there's a feather
Falling slowly from the sky
You need not know the reason why.

Stand apart
Hear your heart
Someday there will be
Another lover till the end
You need not hold your breath till then.
Don't ask me to explain to you
There's nothing to remain but what we see.

Fall and climb
Take your time
Somehow you must live up
To the precedents you've set
You need not hope for answers yet.
Don't ask me how I know it now
The future does not show itself to me.

So love and learn
Take your turn
Somewhere there's a feather
Falling slowly from the sky
You need not know the reason why "

segunda-feira, 7 de abril de 2008

som bem bom!

http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=80840020

Pra quem não cansa..

Insisto
E, assim, existo
Tento mais uma vez
E outra, e outra
Tento mais do que posso
Mais do que deveria
Mas do que me caberia
Insisto
Porque minha alma clama
Reclama, espera, autoriza
E porque novamente vejo
E porque novamente gozo
De toda sua demora
De toda essa dor
Insisto

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sobre escrever..

Assim como um guspe.
Assim como um espirro.
Assim como um nada.
Escrevo palavras mal acabadas.
Desabo na frase minha memória.
E assim de tanto suspirar.
E assim de tanto mal acabar.
E assim de tanto se escrever.
Ei que um dia irei morrer.

Dia sem valor

Desmereça esse dia inteiro
Não deixe-o nem ao menos acontecer
Se não estás comigo
Jogue fora tudo
A luz, o abrir os olhos, o respirar
Troque o que for preciso
Nesse tempo perdido de mim
Sem estar comigo meu amor
O dia não há de valer nada
Nem um tostão, nem um olhar
Nem uma ação que acalente a alma
O dia sem valor é esse dia sem amor
Não há o que pague
Portanto, de uma vez, apague
Apague. Apague. Apague.
Esqueça cada minuto
Esqueça essa falta maldita
Como viver sem estar comigo?
Como sobreviver a este castigo?

O silêncio entre nós

O silêncio entre nós postou-se
Tomou conta de cada um
Da nossa própria solidão calada
O silêncio que traz alma emprestada
Ou nem alma tem?
As palavras não ditas
Fazem da gente a tradução
Do tempo escondido
Perdemos o melhor da gente
Perdidos no silêncio de permanecer
Sem pratos quebrados, sem feridas expostas
Nossa vida calou-se
E vivemos, assim, à três
Eu, você e o silêncio.

domingo, 30 de março de 2008

Agradece aí também

Ontem conheci uma pessoa com alergia de sol. Cruzes!
Isso sim me deu medo. E me fez pensar..
(e isso é típico de minha pessoa, sou dramáaatica hehe)

E quando te tiram a simples beleza que ilumina seu dia?
E quando o destino te surpreende com uma malvadeza dessas?

Então, às vezes, é bom agradecer por poder contemplar essa coisa (essas coisas da vida) tão banal, tão natural, tão simples e na qual a gente nunca pensa.
Agradece aí também!

Astro. Rei. Luz. Pai.
Palmas pra ele aí, vai!
Amém! ;)

História curta

Houve um tempo em que pensar demais era coisa do passado. E era possível viver o presente sem medo. Sem a dúvida do que aconteceria se você não tentasse prever o está por vir. Se você deixasse a sorte escapar por um lapso de memória.
Houve um tempo de memória curta. E tempo demais pra ser feliz. E assim, nesse tempo perdido, é que eu te encontrei e voltei para mim.

Do livro: travessuras da menina má

"Agradeci. Perguntaria da próxima vez que falasse com ela.
- Se for verdade, deve ter sido terrível para a coitada - murmurou - Uma coisa assim
deixa cicatrizes horrorosas na memória."

Clareia

E o sol clareia
Clareia minha visão
Clareia minha memória
O sol clareia e saúda nossa história

O sol tava escondidinho
Precisava só de carinho
Pra chegar mais perto e entender
O que você costuma fazer

E de tanto se arrepender
De tanto tentar dizer
O sol saiu por aí
Cansou de se esconder

Veio se despedir da solidão
Veio que é só coração
O sol chegou por aqui
Cansou da escuridão

Então clareia, clareia
Clareia minha vida, clareia
Clareia, clareia
Clareia minha vida
Clareia iaia

A água do mar passou
E o sal da água banhou
Areia que teu pé tocou
E o dia então começou

clareia, clareia
Clareia minha vida
Clareia meu amor

terça-feira, 25 de março de 2008

Sobre separação

O que dói mais?
Quando você ama e, por amar, deixa a pessoa ir embora?
Quando você ama e, por amar, sofre a dor de abandonar?
Quando você ama e, por amar, finalmente tem coragem de terminar?

Sim, eu acredito que há amor na separação.
Acredito que, às vezes, há mais amor aí do que em muito relacionamento vão.

Mas não é nada fácil se separar do que a gente ama.
Por querer ver bem.
Por entender que não há amor em manter por perto..

Estranha essa vida..
Que tal um banho de mar?
Faz tanto tempo que eu não vejo brilhar o sol na espuma branca do mar..
O mar limpa. Deixa partir.
Leva pra longe e, assim, fica mais fácil decidir.

Pablo Neruda (Últimos Poemas)

Se cada dia cai

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Linda!

Eu gosto de poesia. Essa música, na voz de Roberta Sá, em um show compartilhado com meus queridos amigos.. é pura poesia!


Casa Pré-fabricada
Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo

Abre os teus armários, eu estou a te esperar
Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos
Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar
E fazer do teu sorriso um abrigo
Canta que é no canto que eu vou chegar
Canta o teu encanto que é pra me encantar
Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais
Mais vale o meu pranto que esse canto em solidão
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Abre essa janela, a primavera quer entrar
Pra fazer da nossa voz uma só nota
Canto que é de canto que eu vou chegar
Canto e toco um tanto que é pra te encantar
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
Que explique a minha paz
Tristeza nunca mais

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Cedo ou tarde as coisas acontecem!

Amanheceu. Era cedinho. Era hora de levantar.
E mesmo que devagarinho. Passarinho por passarinho.
Todos começaram a cantar.

Era tardinha. E de levinho o sol foi pegando seu lugar.
E como deveria, parou a cantoria e começaram a celebrar.
Já passava do meio dia. E era hora de almoçar.

E de noitinha tanta estrelinha, por todo lado, a brilhar.
Acelerados só queriam saber de festa e voar.
Mas já passando a meia noite todos foram descansar.

E alguém duvida?

"A vida é como andar de bicileta. Para manter o equilíbrio, é preciso manter o movimento"
A. Einstein

Perfect for me

Just perfect for me
Don´t change anything
Don´t try anymore

Just stay with your dreams
With your arms
With your soul

Just perfect for me
Love everything in your face
Love everything that you do

Just look into my eyes
And my heart
And my soul

Can´t you see?
Just perfect for me
Yeah Baby
You´re so perfect for me


===

Perfeito nem sempre tem explicação, né?
O perfeito pode ser simplesmente
o que você sente ser feito para você.
E pode depender do momento que
você pensa nele. Hoje é perfeito.. amanhã.. será?

Eu tenho, como muitas pessoas que conheço,
essa capacidade bonita de enxergar pessoas
perfeitas, dentro da sua imperfeição.

Nem sempre isso faz bem. E nem sempre
vale a pena se deter só nessa parte.
Tudo, todos, são feitos de perfeições e
imperfeições, não é mesmo?

Mas ainda sim é gostoso cantar:
just perfect for me..

Por que será?

Que sono atrasado nunca se recupera?
Parece que quanto mais você dorme mais sono aparece pra pedir colo, não é?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Surpresa boa

Abriu a porta de sua casa, no horário de sempre: quase atrasada.
E quando foi trancar a fechadura viu um delicado presentinho,
a dar bom dia, no chão, ao lado da porta.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Canto da manhã

Flor da manhã
Acontece que te achei por aqui
E me acostumei com você
Com esse seu jeito complicado
Essa sua forma de pensar
Eu sabia
Que não adiantava nada
Fazer de conta que a hora passava
E que eu não tentava te esperar
Inquietude
Folha caindo
Mato forte que desarma o meu jardim
Saudade de uma bossa
Velha bossa
Da descontinuidade de mim

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Torrada Gaúcha

Descobri recentemente que aqui em sampa chamam ela de tostex..

Pão de forma, com manteiga (do lado de fora do pão apenas)
Com 2 fatias de queijo e uma de presunto
Depois de tudo montado.. prensa o pãozinho sem dó até tostar

Nada melhor pra começar a manhã! E tenho dito.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

???

"Você é a vítima, a criminosa e a testemunha"

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Mãe é mãe

- Acabou de sair por aqui uma enorme flor.
- Nãaao. Mais uma?
- Te juro, vi ela sair agora mesmo. Acabou de nascer a pequena.
Nem entende direito esse mundo. Mas ainda vai soltar tanto pólen por aí. Garanto!
(Dizia a mãe terra toda cheia de si)
- Putz, não quero nem ver.
- É daquele tipo que segue o sol. Sabe direitinho como se portar.
E, por isso, fica grande, redonda e com o mesmo tom de amarelo.
- Sei.. Não passa desapercebida..
- Isso mesmo. E é bom você se preparar para ajudá-la a se sustentar viu.
- Ah! Essa aí tem raízes fortes não tem?
- Tem, mas vai precisar da gente muito, viu meu bem. Então hidrate-se bastante hoje. Temos muito trabalho pela frente. ;)

Sobre escolhas

"Sacolão, você precisa aprender a escolher seus pensamentos do mesmo jeito que escolhe as roupas que vai usar a cada dia."

O encontro

Saiu correndo pelo pequeno apartamento e logo avistou a porta da sacada aberta.
O vento calmo da noite balançava um pouco a cortina branca.
Sorrindo, deu um salto do sétimo andar do edifício, rumo ao céu.

A noite não parecia agitada. Lá de cima não se via muita coisa.
Assustou-se um pouco com a velocidade e teve medo de bater nos edifícios.
Muitas luzes, muitos prédios. Perdeu-se.

A única reação que conseguiu ter foi fechar os olhos. E pensar no encontro
que buscava. Ao abri-los novamente encontrou-se surpreendentemente de
volta em sua casa.
E lá estava ele. Desde o princípio, aos prantos, a esperá-la.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Olhando pela janela..

O aparelho de xerox em frente à janela guardava a melhor cena do dia.

Quando chegou às pressas, como de costume, deu de cara com ele: o sol.
Lindo, no fim do dia, pondo-se atrás dos prédios. A cidade nem parecia a mesma.

Não conseguiu mover-se. Em um instante toda a agitação, as dúvidas e a dor de
cabeça sumiu. Brilhante remédio..

À medida que o sol desaparecia atrás dos aglomerados de concreto, apareciam elas:
as luzes da cidade. Tão metidas, cheias de si, loucas pra se mostrar. Luzes da ribalta..

As pessoas foram chegando e parando ao lado dela, na mesma posição.
Todas enfeitiçadas pelo momento.
Um único comentário se ouviu: "Estou pasma com essa luz".

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Amo-te amiga! :)

Saudade da conversa de fim de noite
E das noites sem dormir
Saudade do sonho bem distante
E da pouca distancia entre a gente
Saudade das risadas bem altas
E da alta amizade de todo dia
Saudade do brinde sem motivo, do tapete manchado,
da falta de grana, do tempo perdido, do lar encantado.
Saudade de tudo que foi e de tudo que vem.
Saudade é aquilo que a gente mais tem!

Um brinde à próxima semana!

O final de semana acabou com um presente pra mim.
O aniversário não era meu, mas comemorei com meu amigo como se fosse.
Uma cerveja no fim do domingo faz ele ter cara de sexta-feira.
E, assim, dá aquela sensação boa de começo, de descanso, de ficar pronta pra próxima.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Essa noite eu tive um sonho...

E como todo sonho não tinha sentido nenhum.
(não contem isso pra minha terapeuta senão ela me mata)

A maioria das coisas eram totalmente absurdas.
Só que no meio desses absurdos eu recebi uma ligação sua.
É. Uma ligação bem real. Bem real.
E no sonho, mesmo no sonho, eu não atendi.

Às vezes a gente não consegue se livrar de uma pessoa por mais que queira.
Apesar de o "querer se livrar" já ser um motivo bem grande para conseguir.

Então quando eu penso em não pensar mais... Eu sonho.
Engraçado esse nosso inconsciente.

Às vezes a gente tem aquilo que precisa.
Às vezes a gente quer aquilo que nem deveria.
Às vezes a gente tem aquilo que merece.
Às vezes a gente merece muito mais do que tem.

Mas... já diria a sabedoria popular...
Cuidado! Muito cuidado com as coisas que você deseja.
(caraca.. viajei!)
;)

Um mês mascarado

O mês de janeiro foi complicado.
Foi um mês travestido de fim do ano.
Mês em que só trabalhei e não tive tempo pra mais nada. Nem pra dormir.
Mês que comecei a fazer aquelas promessas básicas:
(esse ano preciso voltar pra academia, ir no dentista, visitar mais os amigos..)
Bem que tinha achado que o reveillon meio estranho mesmo. Nenhum pedidinho na beira do mar. Nenhuma vontade nova.
A ficha não tinha caído.

Já tinham me dito que a passagem dos 28 para os 29 era decisiva.
Tudo, absolutamente tudo, muda.
E com as mudanças a gente faz coisas que nunca imaginou fazer.
Como brigar com uma das melhores amigas.
Como imaginar que quer largar tudo e fugir pra bem longe.
Como tentar voltar a ser criança outra vez.

Bem, por fim, chegou fevereiro.
O mês de carnaval e totalmente sem fantasias.
O mês da realidade nua e crua.
E, por fim, o mês da alegria.

Porque o ano de verdade só começa depois do carnaval.
Ainda bem que o carnaval esse ano foi bem cedinho.
Eu não sei vocês.. mas eu tava precisando! :)

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

???

Cadê vc's?
We are out for some reasons!!
Vc sabe quais são as suas?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Opa...

- A senhorita aceita um uísque?
- Não posso.. Me faz mal para as pernas.
- As suas pernas incham?
- Não! Abrem.

Antigamente...

Antigamente, quando uma moça conhecia um rapaz bonito, gentil e educado perguntava logo se era solteiro ...
Hoje, pergunta se é viado.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Do filme - ps: eu te amo

O texto era algo parecido com isso...

"Sabe quando você vê que vai comprar um sapato e não vai dar certo? Você não vai conseguir usar. Não adianta nem comprar. É parecido com isso.. a gente não vai dar certo."

"Que tal ficar descalça por um tempo?"

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Noite

Sono demais é monotonia :(
Sem sono é alegria :)
Sono no ponto é o que devia :/
Sonho é sintonia :) (:
Sem sonho é o que eu temia :0
Sonho pensado é psicologia :)*

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Ao som de Los Hermanos...

Eu achei esse cd que não escutava há um tempão. O cd que me lembra do show que a gente foi juntas, lembra amiga? O cd que meu amigo amava e que criou uma grande amizade.
O cd da música que eu colocava no carro toda manhã antes de ir pro trabalho.
Pois é, eu me apaixono pela letra de uma música e acabo escutando muito ela. Passo dias entendendo, curtindo os significados que consigo captar.

Um cd que eu conheço inteiro. Mas que agora traz um novo gosto.

Eu achei um cd que não escutava há um tempão. Que tanto de coisa boa que a gente deixa pra trás. Que tanto de coisa boa que é bom redescobrir. Que tanto de coisa boa que a mesma história, a mesma letra, as mesmas palavras podem trazer quando muda o dia.

"pra que minha vida siga adiante"

Ponto de vista

- Por que você demora tanto?

- Porque eu tenho tempo.

Só pra não terminar

Foi no último ano que eu passei a ter esse péssimo hábito de querer prolongar o que é bom. Sempre me conformei com o tempo certo das coisas. Mas não mais.
Ando querendo prolongar os dias.

Que o dia bom não termine. Que as horas boas não passem. Que os momentos felizes congelem.

Comecei a ter vontade de acender o pisca-alerta, de apertar a buzina de gritar bem alto: Atenção! Marca na memória aí bem direitinho.

Dizem que as pessoas, como eu, que tentam lembrar de tudo (porque esquecem demais das coisas), na verdade, não valorizam muito elas. Pode ser.
"o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer"? Pode ser sim.

Mas a verdade, é que eu gosto das contradições que suportam as atitudes da gente. Gosto dos pensamentos que a gente acha ser mais não é. Faço terapia há um bom tempo e, mesmo assim, vira e mexe caio nas minhas próprias invenções.

E escrever agora é vontade de que o dia não acabe. Marca aí o dia de hoje. Marca aí o dia de hoje. Marca aí o dia de hoje.

Momento doce

O gosto amargo na boca não tem nada a ver com a noite que passou. Bons amigos e boas risadas. Momento (daquele tipo que a gente se sente em família) em que se pode rir e falar bobagens.
Pra que mais serve a vida a não ser pra esse momento bem doce?

Nada a ver com o amargo da boca.
Acho que o amargo tem muito a ver com o que trago dentro de mim. Tenho um pouco de doce e um pouco de amargo. E quando eu tô sozinha o amargo é a minha melancolia. Eu sinto saudade de tudo. Do que passou e até do que está por vir..

E faz pouco tempo, juro, pouco tempo mesmo que comecei a apreciar também o amargo das coisas. O duo, a co-existência, a inter-dependência. O doce só é doce porque o amargo existe. O amargo só é amargo porque o doce existe. E nos dois há uma certa beleza de viver que não é fácil de entender.

Uma lente mais distante

Olhei pra baixo. E tudo tinha ficado pequeno. A distância diminui o tamanho das coisas.
Da janela do avião podia-se ver a cidade como um grande quebra-cabeças.
Tudo em tamanho mini também parece mais próximo. E, por isso, a distância entre a gente não passava de dois dedos quando vista lá do céu.
E o meu desejo podia ser lido nos seus pensamentos. Às vezes você não sente saber o que eu estou pensando? Pois eu acho que sabe mesmo.
Ás vezes penso que a coisa mais absurda de ser dita já foi, na verdade, ouvida muitas vezes antes da gente ter coragem de pronunciá-la.
A verdade, às vezes, não precisa nem ser dita. Ela é sentida. E, sendo assim, sem palavras, é ainda mais verdadeira. Nada de interpretações.
Pra que você precisa escutar o que já sabe? A certeza tira o mistério, tira a correta leitura das coisas.
Também, por fim, pode tirar o doce prazer da ilusão.
Lá de cima, olhando-se rapidamente, nada parecia fazer sentido.

Castelo de areia

Eu saberia muito mais de mim se pudesse reconhecer tua voz. Eu saberia muito mais de mim se conseguisse traduzir teus passos. Eu saberia muito mais de mim se te encontrasse de vez em quando. Eu saberia muito mais de mim se pudesse ler-te entre meus livros.

Saberia como viver melhor, saberia o que o céu não conta, saberia algo que a promessa só remete mas não deixa acontecer.

Eu te tomo em meus pensamentos e possuo um vento de história mal contada e não realizada.

Eu saberia muito mais de mim se pudesse viver esse sonho, essa realidade construida em cima de muros tão pouco fortes.

Desmorona castelo de areia e constrói sobre a minha terra uma história verdadeiramente bonita. Lama que gera jardins de rosas coloridas. Poucas cores não me bastam. Jardins explendidos e de pura euforia.

Desmorona logo alegria! Porque não há forma de reconhecer-te senão entre minhas palavras? Porque não há forma de encontrar-te senão entre meus sonhos. Plenas ilusões essas nossas.

Sinto falta de você.

café sem responsabilidade

Quando eu tinha uns dez anos de idade, o café tinha um sabor diferente. Sabor do trabalho do meu pai, meu velho, meu querido pai.
Até o cheiro lembrava uma coisa importante.

Por isso, também, o gosto de escritório e coisas organizadas (as quais, às vezes, eu amo e, às vezes, eu fujo) era uma delícia.
E, diferente de hoje, que ele entra no meio de reuniões e conversas longas, naquela época ele era sinônimo só de exclusividade e tempo de sobra. Era um momento que eu tomava do meu pai em pleno horário de expediente: "vamos tomar um cafézinho filha".

Até hoje quando tomo café não consigo aderir aos adoçantes (que no meu momento atual, diga-se de passagem, me fariam um bem enorme).
Café tem que ser bem doce, em térmica, feito pela tia do café e não de máquina e em copinho bem pequeno.

Mais pela história, e não pelo gosto, eu gosto de café. Gosto do cantinho do café, onde as pessoas olham-se nos olhos e falam bobagens necessárias para a vida. Gosto das combinações que cada um inventa - com água gelada, leite, em baldes ou só pra fazer de conta que se toma..
Gosto do café nos momentos em que a gente nem precisaria dele. Nos momentos em que a gente usa ele só em função da exclusividade de tempo, de pessoa, de vida..

que tal um cafézinho agora?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Coisas que só uma mulher consegue:

1 - Fingir naturalidade durante um exame ginecológico.
2 - Usar o poder de uma calça jeans para rediagramar a estrutura do corpo.
3 - Ter crise conjugal, crise existencial, crise de identidade e crise de nervos!
4 - Ser mãe solteira, mãe casada, mãe separada, mãe do marido.
5 - Lavar a calcinha no chuveiro. E depois pendurá-la na torneira, para horror do sexo masculino.
6 - Rasgar a meia na entrada da festa.
7 - Sentir-se pronta para conquistar o mundo, quando está usando um batom novo!
8 - Chorar no banheiro, e ficar se olhando no espelho para ver qual melhor ângulo.
9 - Achar que o seu relacionamento acabou, e depois descobrir que era tudo tensão pré-menstrual. (Esta é perfeita!!!! )
10 - Nunca saber se é para dividir a conta, ou se é para ficar meiguinha.
11 - Dizer não, para ele insistir bastante, e aí ter que dizer sim!

SÓ AS MULHERES ENTENDEM:
1 - Por que é bom ter cinco pares de sapatos pretos.
2 - A diferença entre creme, marfim, e bege claro.
3 - Achar o homem ideal é difícil, mas achar um bom cabeleireiro é praticamente impossível.

E O TÓPICO NÚMERO UM QUE SÓ AS MULHERES ENTENDEM:
1 - As outras mulheres!

ORAÇÃO DAS MULHERES:
'Querido Deus, até agora o meu dia foi bom: não fiz fofoca, não perdi a paciência, não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica. Controlei minha TPM, não reclamei, não praguejei, não gritei, nem tive ataques de ciúmes.Não comi chocolate.Também não fiz débitos em meu cartão de crédito e nem dei cheques pré-datados.Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento...Amém!

Filminho

Olha, a tradução do nome do filme é meio tosca - Desejo e reparação - mas ele é absolutamente divino. Lindo mesmo!

Tá certo que eu não sou nenhuma crítica de cinema ... mas de romance, desculpa aí, eu entendo. hehehe Olha, fazia tempo que não aparecia um desse tipo, viu?

Um filme de época, com cenas bem contruídas, bem montadas e bem filmadas. Corram lá mulherada!

ps.: o melhor de tudo foi que eu vi o filme com a minha amiga, minha irmãzinha - a Sra. Razão. ;)

domingo, 13 de janeiro de 2008

Sobre leituras e poetas

Eu ando lendo livros do tipo que todo mundo já leu. Os tais clássicos.
Daquele tipo que dá vergonha de mostrar que está lendo porque alguém irá dizer:
- puxa, adorei esse livro, li quando tinha 15 anos de idade.

Apesar de gostar muito de ler, esse prazer não me foi dado cedo. Quando jovem eu só queria mesmo saber de viver. De beber em excesso, de fazer festas demais, de rir e chorar as minhas experiências. Essa coisa bem normal mesmo.

Bem, mas o bom dessas minhas leituras tardias é que vocês irão relembrar algumas coisas comigo. ;)

"Um poeta verdadeiramente grande é o menos poéticos dos homens. Mas os poetas inferirores são realmente fascinantes. Quanto piores forem suas rimas, mais pitorescos eles parecerão. O simples fato de ter publicado um livro de sonetos de segunda classe torna o homem irresistível. Ele vive a poesia que não pode escrever. Os outros escrevem a poesia que não ousam realizar." Oscar Wilde

Espelho quebrado

Um acontecimento tardio.
Tarde? Aos trinta e poucos anos.
Mas, enfim, um dia.
Nem que seja por um instante.
Um respirar divino. Um momento de clareza.
Um momento sem temer.
Um momento de apenas ser.
Sem mais nada refletir.

Dizem que se fala pouco.
Talvez porque tente escutar mais.
Dizem que lhe falta alegria.
Talvez por ser menor superficial.
Dizem que se contenta com pouco.
Talvez por viver sempre em excesso.
Dizem que parece quebrada.
Talvez porque não tema mais enxergar-se em pedaços.

E o bem querer tenta reparar a dor.
Sem perceber o quanto ela lhe é bem vinda.
Quebrem-se os pratos, os copos, as casas inteiras.
Quebre-se tudo e que sejam danosas as perdas.
Perca-se do que tinha e se ache sozinha
Encontre-se no meio dos cacos,
Machuque-se de realidade e por fim esteja livre.

---

O reflexo no espelho já não tinha valor algum
Pegou a taça de champagne bem cara e jogou contra o espelho
No momento em que viu sua beleza refletida nunca mais foi a mesma
Sentia-se livre. Podia ser gorda, magra, branca, mulata.. tanto faz
Conseguia enxergar que a beleza carregava uma ilusão barata
Sentia saudade de toda a feiura que já lhe dedicou olhando-se no espelho.
Onde perdeu-se de si mesma?

sábado, 12 de janeiro de 2008

Perdeu-se com data marcada

Os boatos que correm por aí é que ela se perdeu, coitada!
E que foi aquele pânico geral na igreja: Ela sumiu! Bem hoje ela sumiu!
A sombra não devia sumir em dias de festa. Tinha que ficar por ali e dançar junto com aquele povo todo. Tanta gente à sua espera...
Logo no dia de seu casamento a sombra desapareceu. E não houve tempo do sol chegar e reparar aquele erro.
Ninguém encontrou a sombra e ela não pôde nada senão perder-se do seu caminho.
O dia do casamento passou e a sombra, que se perdeu com o tempo, nunca mais foi encontrada. Dizem, que de vez em quando, se vê a sombrinha acompanhada por aí da sua querida tranquilidade.

Em dias sem sol..

Eu gosto de chimarrão bem quente e cobertor jogado pelo chão. Gosto de livro sobre a cama e travesseiros de montão. Gosto de vento passando pela casa e música alto a tocar. Gosto da vida que eu levo e gosto de me lembrar dos tempos da gente. Gosto de um pouco de barulho (me ajuda a me concentrar) e gosto também de poucos planos, de fazer aquilo que se tem vontade. Gosto de casa arrumadinha e fazer comidas gostosas. Gosto de estar com minhas amigas e uma conversa jogada fora, sem rumo nenhum...

Vento forte

A gente é poeira de vento
Nenhuma certeza e nenhuma forma
A gente nem consegue ser plataforma
Para algum pouso ou repouso

A gente passa pela vida que cria
E a gente, ás vezes, é alegria
Sem contemplar ou se possuir
A gente nem sabe o que refletir

A gente não tem hora nem tem vontade
A gente, às vezes, até tem saudade
Mas é tão pouquinha que não pára
Nem pra pensar nem pra se formar

A gente não é nada que se encoste
Nem é algo possível de amar
A gente aconteceu e dispersou
A gente nunca, de verdade, se amou

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sobre inventar o viver

A complexidade surgiu em um dia de sol.
Biquini, pessoas, praia, possibilidades...

Desde quando inventaram que a gente pode escolher nossas vidas?
E que cada um tem o direito e o dever de ser feliz?
É muita responsabilidade essa coisa de felicidade, não é?

A pergunta que não quer calar...

Encarei minha depressão como se fosse o maior desafio da minha vida, e é claro que era mesmo. Passei a estudar minha própria experiência depressiva, tentando desvendar as causas. O que estava na raiz de todo aquele desespero? Seria psicológico? (Culpa de mamãe e papai?) Seria apenas temporário, um "período difícil" da minha vida? Seria genético? ( A melancolia, chamada de muitos nomes, aflige minha família há gerações, junto com o triste noivo, o Alcoolismo.) Seria cultural? (Será que isso é apenas a ressaca de uma americana pós-feminista que trabalha tentando encontrar o equilíbrio em um mundo urbano cada vez mais estressante e alienante?) Seria astrológico? Seria artístico? As pessoas criativas não sofrem sempre de depressão por serem ultra-sensíveis e especiais?) Seria evolucionário? (Será que carrego comigo o pânico residual que vem de milênios de tentativas da minha espécie de sobreviver em um mundo brutal) Seria cármico? (Será que esse espasmos de tristeza são apenas as conseqüências de um mau comportamento em vidas passadas, os últimos obstáculos antes da libertação? Seria hormonal? Nutricional? Filosófico? Sazonal? Ambiental? Será que eu estava experimentando uma ânsia universal por Deus? Será que estava com desequilíbrio químico? Ou será que eu simplesmente precisava transar?

Trecho do livro: "comer, rezar, amar" Elizabeth Gilbert

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Oscar Wilde (Um marido Ideal)

Tem um diálogo entre o Sir Robert Chiltern e a Sra Cheveley em que ela fala:

"Ah! A força das mulheres vem do fato de que a psicologia não consegue nos explicar. Os homens podem ser analisados, as mulheres... meramente adoradas."

Sobre o amor

"Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor."

William Shakespeare

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Achei o sol perfeito hehe


Sol da Ferrugem é uma entre tantas pousadas fofas que tem nesse paraíso de praia!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Amigas

Elas estavam sentadas em um canto afastado da praia. Conversavam sem se preocupar com o mundo que passava em volta.
Uma amiga consolava a outra dizendo:"Ele fez de propósito. Ele fez de propósito".
Não sei do que se tratava mas me senti cumplice delas. Mulheres são todas muito parecidas mesmo.

Eu sempre tentei ser menos mulher. Menos chorona, menos sensível, menos dependente, menos amorosa, menos emocional. Mas não tem como negar. Eu sou a fragilidade em pessoa.
E a melhor parte de tudo isso é que a gente tem cúmplices! Não tem nada melhor do que fazer beicinho e ganhar carinho de amiga, não é?

:) Saudades minhas amigas lindas!
beijos

Quando o dia esteve presente

Hoje o sol não é um fenômeno. É uma constante. É um transbordar.
Hoje o sol aparece de dia, de noite e até quando eu durmo.
Hoje eu lembrei de você e quando me distraí vi o telefone tocar.
Hoje eu sonhei com flores, eu dancei com o vento, eu tomei banho de mar.
Hoje eu não queria que terminasse de jeito nenhum.
Hoje eu queria apenas conseguir descrever o que eu vi e o que eu senti, só pra te contar.
Hoje não é um dia qualquer. É um daqueles dias que são de muita vida.
Hoje eu me sinto em casa. Eu uso chinelo de dedos e eu olho para os lados reconhecendo as pessoas.
Hoje eu sinto falta dos meus amigos mas de alguma maneira sinto eles perto de mim.
Hoje eu não tenho amor de verdade e mesmo assim o amor me completa. Ele existe.
Hoje eu gosto de viver, eu gosto de pensar eu gosto de escrever.
Hoje. Eu queria marcar esse hoje na pele. Tatuagem de uma borboleta divina.
Hoje eu não vou ver o sol se por e eu não vou me conformar com pouco da vida.
Hoje é dia de muito. Só muito entra nesse hoje. Aqui está ele! Aplausos! Gritos de euforia!
Hoje. Hoje. Hoje. Hoje. Hoje. Hoje. Hoje. Hoje. Hoje. Hoje. Hoje.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

saudade...

Nãi vivo sem vc's... voltem!!! FELIZ 2008!!!!!